26 de janeiro de 2015

Palavras me visitam

Com a chuva, recebo a visita das palavras.
Chegam em pequenos grupos, alvoraçadas,
e se espalham pelo caderno, entre linhas e espaços,
letras e pontos.
Escolho algumas, e as convido para compor um poema,
que possa fazer uma homenagem ao sol,
ou levar à lua uma carta de amor.
Mas, irreverentes que são, me confundem
e desfazem as minhas rimas.

Quisera ter o poder de trança-las, como faço com os cabelos,
e senti-las presas a mim por onde eu for.
Quem sabe olhar no espelho, para vê-las me adornando o rosto,
e me sentir bonita pelo encanto da poesia.

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