4 de fevereiro de 2015

Olhar

Me encanta esse olhar sereno, na mãe embala o filho.
Eu o vejo também nas trocas cúmplices de grandes amigos, 
como naquelas de irmãos e irmãs.
É nas ruas que o percebo,
algumas vezes em almas solidárias  e caridosas,
ou nos seres abnegados, revestidos de fé.
Nos mais céticos, vejo um olhar relutante, 
disfarçado de inveja ou, por vezes, de pura tristeza.
Mas apesar de visível em tantas faces, 
só consigo decifrá-lo em um determinado momento:
naquele em que sou eu a olhar, 
reconhecendo o amor, em sua real essência, 
nos caminhos por onde vou.


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