13 de outubro de 2015

Eu-árvore

Sou árvore, em um bosque denso.

Nos meus braços-galhos tenho filhos-frutos, que dão sentido a tudo que vivi.

E sustentando meu tronco, tenho raízes-pais, que me ensinaram a enfrentar a vida de pé, mesmo durante os ventos fortes.

Durante as estações perco folhas, para depois ver nascer outras tantas, conforme são tristes os invernos, ou alegres, as primaveras.

Resisto ao tempo, mas não ao machado, e a dor que me corta é a que vem injusta e inesperada, daqueles que não conhecem a seiva que derramo, vinda da força que tenho por dentro.


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